À ti 36 versos castos
Tua carne albina
A noite escura
Cala e ilumina
Tua alma pura
Musa divina
Jorra ternura
Dos amores, a mina
Que a tudo cura
Vossa fresca boca
De seda vestida
Úmida doca
De fugir-me a vida
Juras de amor
Lábios de partida
Verdade calada
Nos ossos contida
Olhar esperto
Esquivo, que traga
A tudo aberto
Miragem vaga
Olhar perigo!
De me perder dentro mar
Seu colo o abrigo
Onde me encontrar
Macios seios
De cuidados fartos
Ventre de ancêios
De sadios partos
Vênus imaculada
De passagem alva
Sempre tão calada
Linda estrela- d´alva
Deusa, pétala de lis
Dime para onde corro
Um verbo! Foi por um tris
Juro que quase morro
Do silêncio que tudo diz.
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